terça-feira, 18 de março de 2014

Tony Carreira, Mariza e Ana Moura entre os que mais vendem

Em Portugal os artistas nacionais representam 90% das vendas de CD's, que totalizaram 37 milhões de euros em 2009. A indústria musical, a nível mundial, factura 120 mil milhões e dá trabalho a dois milhões de pessoas.

Tony Carreira, Mariza e Ana Moura entre os que mais vendem

O mercado português, queixam-se todas as editoras a operar em território nacional, é demasiado pequeno. A limitação que esta dimensão implica torna-se tanto maior quanto menor é o catálogo da editora. Se para as multinacionais (Universal, EMI, Sony e Warner) o equilíbrio financeiro se pode valer de dois ou três artistas de renome capazes de sustentar muitas outras apostas menos rentáveis, para as editoras nacionais o cenário só se desdramatiza quando conseguem que um tema dos seus artistas faça parte da banda sonora de uma novela.

Este é o discurso protagonizado pelos responsáveis das editoras. Mas os números mostram que a sua sobrevivência não está ameaçada. E o seu melhor sinal de vida chama-se música portuguesa. Os artistas nacionais são actualmente aqueles que mais discos vendem. Mais de 90% das vendas no mercado físico, ou seja em suporte CD, é dominado por eles, embora não tenham praticamente expressão nas vendas em suporte digital, essas completamente lideradas pela música anglo-saxónica.

São também os artistas nacionais aqueles que constituem as apostas mais fortes das editoras. Os reis da música chamam-se Tony Carreira (Farol), Mariza (EMI), Pedro Abrunhosa (Universal), Ana Moura (Universal), e, mais recentemente Deolinda (iPlay até 2009, actualmente EMI). As razões dos seus êxitos de vendas, associada obviamente ao gosto do público português, prende-se também com a "fidelidade" pelo que é nacional. Luís Freire, responsável máximo da Farol, não tem dúvidas de que os portugueses têm mais respeito pelos músicos nacionais do que pelos estrangeiros, optando muito mais facilmente por comprar um CD de um artista português do que de um músico estrangeiro. João Teixeira, da EMI, diz mesmo que "a proximidade com o artista torna sempre mais difícil ao consumidor pirateá-lo". Já Tiago Palma, da Universal, avança com outra razão para explicar o crescimento do mercado da música em português: "Com a aprovação da Lei da Rádio, que prevê a passagem de 25% a 40% de música portuguesa nas rádios, tem-se notado um aumento do consumo de música local", diz, frisando que o investimento em música portuguesa tem sido positivo nos últimos anos.

Em média cada major lança por ano quatro novos artistas nacionais. Os custos com cada um deles têm sempre por base a expectativa de vendas de discos mas oscilam entre os €8 e os €20 mil aos quais acresce um investimento em marketing a rondar os 30% das receitas esperadas. Em números mais precisos, uma editora como a EMI Music Portugal investe € 1,2 milhões em música por ano (dados de 2009). Feitas as contas, a edição discográfica em Portugal valeu no ano passado €37 milhões (valor da facturação das editoras), representado uma quebra de 16% face a 2008.

O reflexo das alterações de estratégia das antigas gravadoras de discos também se faz sentir no nosso país. Paulo Ferreira, director-geral da Sony, já fala em indústria de entretenimento para descrever o trabalho de uma editora. A Sony talvez seja a major que adoptou uma postura mais radical em termos de transformação. O seu relacionamento com os artistas tanto pode cingir-se a uma mera prestação de serviços - a editora grava o CD que lhe é confiado e o artista paga - como estabelecer-se através de um contrato de full-rights, que inclui até todos os direitos de exploração de imagem do artista.

De resto, são estes contratos, que garantem à editora uma percentagem de todas as receitas geradas pelo músico, os mais comuns no universo das novas contratações. João Teixeira, responsável da EMI, defende-os. São eles que lhe permitem dizer que "a edição discográfica é rentável". E são também eles que fazem com que os conteúdos vendidos actualmente pelas editoras possam alargar-se a formatos que não tenham obrigatoriamente que incluir música, como é o caso do merchandising.

(...)

Alexandra Carita / Expresso, 29 de Maio de 2010

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/tony-carreira-mariza-e-ana-moura-entre-os-que-mais-vendem=f585927#ixzz2wL4JYhQY


Discos mais vendidos - 2000/2010

FLORIBELLA - FLOR (2006 / 2007) 10P - 200000
ACÚSTICO - ANDRÉ SARDET (2006 / 2009) 8P - 160000
LAUNDRY SERVICE - SHAKIRA (2001 / 2003) 4P - 160000 (ou 3P?)
TRIBALISTAS - TRIBALISTAS (2003 / 2003) 4P - 160000
A VIDA QUE EU ESCOLHI - TONY CARREIRA (2006 / 2007) 7P - 140000 (ou 8P?)
LARA FABIAN - LARA FABIAN (2001 / 2001) 3P - 140000
O HOMEM QUE SOU - TONY CARREIRA (2008 / 2010) 7P - 140000 (ou 8P?)
THE BEST OF 1990-2000 - U2 (2002 / 2003) 6P - 240000 (ou 120000?)
1 - BEATLES (2000 / 2000) 3P - 120000
AO VIVO NO OLYMPIA - TONY CARREIRA (2000 / 2000) 3P - 120000
AO VIVO NO PAVILHÃO ATLÂNTICO - TONY CARREIRA (2003 / 2004) 3P - 120000
D’ZRT - D’ZRT (2005 / 2005) 6P - 120000
ECHOES - PINK FLOYD (2001 / 2001) 3P - 120000
FADO CURVO - MARIZA (2002 / 2010) 6P - 120000
FADO EM MIM - MARIZA (2001 / 2010) 6P - 120000
HOW TO DISMANTLE AN ATOMIC BOMB - U2 (2004 / 2005) 3P - 120000
MORANGO DO NORDESTE - CANTA BAHIA (2001 / 2001) 3P - 120000
O MELHOR DE RUI VELOSO 20 ANOS DEPOIS - RUI VELOSO (2000 / 2000) 3P - 120000
VOAR - SANTAMARIA (1999 / 2000) 3P - 120000
O CONCERTO ACÚSTICO - RUI VELOSO (2003 / 2005) 8P - 160000 (ou 80000?)


CARIBE MIX 2000 - VÁRIOS ARTISTAS (2000 / 2000) 4P - 160000
NOW 7 - VÁRIOS ARTISTAS (/ 2003) 4P - 160000
NOW 10 - VÁRIOS ARTISTAS (2004 / 2004) 3P - 120000
NOW 11 - VÁRIOS ARTISTAS (2004 / 2004) 3P - 120000
NOW 8 - VÁRIOS ARTISTAS (/ 2003) 3P - 120000
NOW 9 - VÁRIOS ARTISTAS (2003 / 2004) 3P - 120000


As colectâneas das várias séries da novela "Morangos Com Açucar" venderam mais de  500.000 unidades.

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